As estrelas foram seduzidas pelo meu libido,
Uma a uma despencou sobre minha graça,
Em desespero os céus pediram: desfaça
Este feitiço... Estamos desnudos e maltrapilhos...
Quê serão das noites sem o luzir das estrelas?
Intensas trevas derramam solidão e melancolia,
Num universo inóspito nas palavras não há poesia
E a morte será porvir... não há vida sem percebê-las!
Isento-me de culpas...Elas se renderam aos talentos,
Viçam na arte emoções, volúpia e sentimentos
E no coração do poeta fazem idílio e morada...
Espesso pranto cobriu a face triste dos astros
E numa atmosfera de sensações vi-me ingrato
A compilar no cosmos uma desfaçatez sazonada!