No desabrochar da flor há luz de pirilampos
Que incendeia a retina do transparente olhar
Da navegação fugitiva que busca encontrar
Os barcos revoltos que chispam tanto...
Não há escuridão na noite de quem ama,
As estrelas são a lua de um paradisíaco arrebol
Que talha cada centímetro do alvíssimo lençol
Onde vaga-lumes depositam essência que é chama...
Vez por outra um tenebroso mar se agita
A regar sensações idôneas que são urtiga
Que faz coçar secretos desejos assaz inauditos...
No clamor da tempestade as horas ficam grávidas
Fecundadas por volúpias que parecem fábulas
A parir sensuais epopeias de dons atrevidos!