Poemas : 

" A Hora Dos Ruminantes"

 
Remoendo, ruminando
Abusando do gerúndio
Observando vagar o rio
Eu me vou só, navegando
Em mim mesmo e sorrio

Vendo o vilarejo, velejo
Devagarinho e silencioso
Quando então eu percebo
O quanto me sou perigoso.

Vendo o rio, sorrio , sou mar.
Sou ritmo, arrimo eu rimo
Os sufixos terminados em ar
Sem me importar com os mimos.

Há aquele que goste de prosear
Há outro que nada tem para dizer
Mesmo com asas de cera vou voar
Sem sequer me importar se vou morrer.

Se hoje eu morro, amanhã hei de viver
Nos meus filhos e nos filhos dos meu filhos
Meu caminho sou eu quem faço, eu quem trilho
E toda estrada que eu crio me leva até você.

Por isso meu amor, minha flor, meu amigo
Ouça bem aquilo que eu te digo, pode crê.
O que importa é velejar tranquilo pelo rio,
Ser rio, rir, ser mar, rimar. Isso é que é viver.

(Creia, crie, leia: Seja livre!)



Gyl Ferrys

 
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Gyl
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/09/2014 20:00  Atualizado: 14/09/2014 20:00
 Re: " A Hora Dos Ruminantes"
Mais um belo canto repleto de humor Gyl entre o tempo presente, escrevendo, sonhando, rindo,
chorando e:

"Por isso meu amor, minha flor, meu amigo
Ouça bem aquilo que eu te digo, pode crê.
O que importa é velejar tranquilo pelo rio,
Ser rio, rir, ser mar, rimar. Isso é que é viver."

Bem conseguido poeta.
bj


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/09/2014 22:14  Atualizado: 14/09/2014 22:14
 Re: " A Hora Dos Ruminantes"
"Há aquele que goste de prosear
Há outro que nada tem para dizer
Mesmo com asas de cera vou voar
Sem sequer me importar se vou morrer."

Gostei, especialmente desse trecho.
abs.


Enviado por Tópico
luisroggia
Publicado: 15/09/2014 10:26  Atualizado: 15/09/2014 10:26
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Localidade: Joinville - SC
Mensagens: 2639
 Re: " A Hora Dos Ruminantes"
Olá Gyl!

Assim é a poesia,nasce e eterniza nas mãos do poeta.

Abraço.