tudo o que nao se ve com os olhos
a alma nos permite tocar
O amor tem a cor da consciencia
E se engana quem insiste em procurar
No luxo da matéria o que nao se pode comprar
Pois, o amor nao estará lá
Nos caminhos de sua própria essencia
É fruto de feliz coincidencia,
O amor habita o ar
Um ar que reflete e nos remete
A instantes de extase sem fim
Quem desse ar já respirou um dia
Sabe que o aroma é de jasmim
Mas se o amor é riso, por vezes também é dor
Ele desencarna, mas nao envelhece
Nao se explica nem se cobra, ele apenas acontece
Simplifica e justifica a razao de viver
É do amor a dor da áspera espera,
Do abandono, do desprezo, da exclusao severa
Da mentira covarde, do medo e da decepcao
E quando tudo parecer ter se acabado
É do amor o tempo do perdao
Amar é fácil e dipensa explicacao
Mais fácil é confundir amor com paixao
Essa febre de ilusao que cega e entorpece
Que nao dura muito mais do que uma simples estacao
Mas que deixa uma ferida na alma que padece
Por tudo e mais um pouco, eu escolho amar
Para ter o gosto de desfrutar
da mais especial e sublime sensacao
Que por tudo, o amor é doce, nobre e sereno
O sentimento mais puro, elevado e forte
Que nos leva a nós mesmos, na vida e na morte