Guardo na alma a eternidade de um tempo
os ventos não o conheceram nem os levaram,
a rebeldia perde os aromas da vida
com suspiros enganados nas tempestades
levantadas em enseadas contrárias…
Doe-me o olhar quando penso
nesse pensar leviano e inútil
de sentir o destino num linha esborratada…
Dentro dos silêncios rasgam-se agora
palavras que fazem doer no tempo
marcas que não se apagam nem se afagam…
Há um mundo em constante movimento
indiferente à moradas que partiram
ou que ficaram mal registadas nos cadernos
da mente que tantas vezes mente
para tornar real a ilusão de um movimento…
Esquece que os movimentos presentes
são o futuro que se esgota antes mesmo de chegar…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...