Tão escura a névoa
Da manhã que se prenuncia
Aos olhos da noite
Minhas mãos passaram
Em branco sobre folhas
Amnésia de verbos futuros
Onde o pensamento desenha traços
Que mostra o passado em nível
Cenas e flashes dão cores à mente
Que na falta do pincel utilizo a caneta
Pois ela trás a rapidez das horas
Que mata o meu tempo demasiado
Em cartas escritas ao léu
Que pesa sobre os ombros
De um coração cansado de recordação
Edmilson Naves