Sempre tive medo do amor,
Medo de que pudesse me aquecer demais,
Incendiar meu coração!
Quando caísse a chuva
E apagasse a chama do amor:
Que seria de mim?
Quando viesse o frio
E congelasse a chama do amor,
Que seria de mim?
Indiferente ao meu medo,
A chama do amor queima:
Para onde olho, vejo labaredas do amor!
Impossível escapar desse incêndio
Que ora é prazer, ora dor!
Manoel De almeida