Aurora, manhã cedo, ilusão!
Como aquela que ocorreu, meu Amor,
quando os nossos olhos se separaram
naquele Inverno de solidão ...
Dias há em que a saudade, enferma,
escorre a ilusão dos meus sentidos,
e a estrada que percorro, sem berma,
anuncia na verdade, estou perdido ...
Sombria, austera, dolorosa sepulchtura,
rodeada a cedros de ilusão,
que sombreiam nesta Vida, a verdade e a ternura!
Não me vejo nem te vejo!
Que aqui, Jaz, meu dormido Coração
espera despertar com o teu beijo ...
Ricardo Louro
Na cafetaria de Santo Humberto
na Praça do Geraldo em Évora
Ricardo Maria Louro