...Se casaram...ele dizia que foi Deus quem havia enviado ela para ele, um Deus que ele sempre buscou em templos, porque na sua concepção, tinha que haver regras, temor; no fundo, ele sempre as quebrava, porque dizia que era humano e falho e que Deus perdoaria,mas a verdade é que ele não queria admitir que estava impresso no seu espírito ancestral e imortal, que Deus amava á tudo que ele criou e que a única maneira de saber de sua existência, seria amando, mesmo que fosse contra as regras escritas, porque somente o amor incondicional ás diferenças, mostraria sua verdadeira face; afinal, tudo que ele criou é infinitamente diferente e único, e deveríamos conviver em harmonia; isso ele não admitia abertamente, apenas sentia...então ele frequentava um templo onde acreditava que somente lá Deus estaria presente, mesmo que nos outros dias pecasse, lá, naquele local, estaria a salvo, seguindo as regras...já ela, dizia que estava com ele porque acreditou nele, assim como acreditava que Deus estava em todo lugar e em tudo, não frequentava templos, mas visitava se fosse convidada, nada tinha contra, enfim, era considerada pagã, pois não aceitava que Deus poderia estar contido em templos com regras e pelo temor; acreditava justamente que a verdade sobre sua existência, estava no amor que respeita tudo que é diferente e único, sabia sem saber, pois sentia, que somente a verdade acima de tudo, liberta, vivia sem hipocrisia, com coragem, sabia que cada ato, certo ou errado, nos conduzia e nos aproximava da verdadeira imagem de Deus que nos criou á sua semelhança, que o medo de viver nos tornava cruel, indiferente e desleal, porque o mal não é fiel, ela dizia, ele é covarde e sempre irá salvar sua própria pele primeiro; o bem é leal e corajoso, ele salva primeiro os outros, para depois lembrar de si...sendo assim, era fácil para ela ler antecipadamente qualquer espirito, pois tinha seu próprio espírito aberto em comunhão com todos, uma visão que qualquer um tem na concepção dela, quando se olha para dentro...porisso ela sabia antecipadamente o temor dele e o alertou que somente daria certo, se eles, mesmo estando procurando Deus em lugares diferentes, ao se olharem, vissem Deus dentro dos olhos um do outro...mas...não foi assim...ele não conseguia acreditar que Deus estava dentro dela, porque a via pelos olhos dos outros; e ela sabia que Deus estava dentro dele porque viu com seus próprios olhos e acreditou desde o início...
E assim...Deus com coragem os uniu...e então...o homem pelo medo os separou!...