MÍSTICA DONZELA —II
Exposta sob a luz da irradiante lua cheia,
lá está ela, a mística donzela a me olhar
com olhos felinos que a alma incendeia,
prenúncio d’um concupiscente fervilhar.
Aliciando-me com seu jeito natural de ser,
eleva-se ao extremo um anseio abrasador.
Instigantes momentos de delírio e prazer
cujos corpos geram um tufão devastador!
Insólita chance que há tempos procurara.
Poder desfrutar de impudicas sensações,
desde que, enfim, encontrara tal joia rara.
Jamais havia sentido tão grave veemência.
Depois de um breve tempo, as recordações
surgiam em minha mente com frequência.
© Ismael Marck
Minha primeira tentativa de escrever um soneto —escrito em 04/11/08 — publicado em Desígnios & Desejos, 2017