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Vertente amarga

 
Tags:  sonho    espectro    amargo    retina  
 
não te subestimes á tua vertente amarga
longínquo vai o casco do navio
rachado em crepúsculos de marés vivas
carcaça em restos de conhaque
tempestades ocultas pelo fumo do cigarro
amarelado em tempo de recusa,
eclipse de morte,céu rubicundo,espectro de lua negra

inventa
palavras nos segredos dos teus sonhos
rouba sorrisos, engana os olhares ávidos
varre a sombra dos importunos
sê feliz na retina dos demais
e diz-me
que horas são no teu coração ?

ana silvestre
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annay
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 03/09/2014 07:59  Atualizado: 03/09/2014 07:59
 Re: Vertente amarga
uma pergunta que fica no ar....como um perfume por descobrir. parabéns, Ana.


Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 03/09/2014 17:24  Atualizado: 03/09/2014 17:24
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Mensagens: 18165
 Re: Vertente amarga
Poetisa Ana
Poema instigante! Lembrei dessa música de Chico Buarque! Que você decifre a hora desse coração

Enviado por Tópico
ManoelDeAlmeida
Publicado: 07/09/2014 14:48  Atualizado: 07/09/2014 14:49
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 Re: Vertente amarga
Que interessante! Rico em vocábulos "diferenciados"; um poema sem rima e com versos de métrica irregular, formando duas setilhas; gostoso de ler pela cadência dos versos e pelo encadeamento inteligente das ideias, que na verdade resume-se numa ideia central: uma exaltação ao viver, um grito de motivação: viva com intensidade! Usando do princípio que diz que a leitura de uma obra de arte não pertence ao artista que a produziu, mas a quem a aprecia, fiz essa minha leitura de seu poema!

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/09/2014 15:04  Atualizado: 07/09/2014 15:04
 Re: Vertente amarga
Uma questão fica por inventar nos termos de um coração amargurado parado no tempo...também acontece Ana.

Um cantar bem conseguido envolto num campo de figuras fantásticas baseadas no sonho.
bj

Enviado por Tópico
annay
Publicado: 12/09/2014 01:15  Atualizado: 12/09/2014 01:15
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 Re: Vertente amarga
Obrigado,feliz que me leiam
abraço
ana