A Noite de Évora escorre-me os Sentidos!
Meu intimo Poema, meu corpo de Saudade,
meu jardim feito de cedros, eternos e perdidos,
minha Terra dolorosa, sem Tempo nem Idade ...
A Noite de Évora grita-me ao ouvido!
Quadras, versos, Sonetos de solidão ...
Mortos os Poetas, vagueando sem sentido,
buscam pelas ruas um singelo Coração ...
A Noite de Évora é feita de Silêncio,
pausa e Silêncio, mil aromas d'açucenas
que arrastam pela Vida muitas penas ...
A Praça, a Fonte, o Templo, a Sé,
tudo em mim, oculto e presente,
tão perto, tão longe e tão distante ...
Ricardo Louro
Na Praça do Geraldo
em Évora
Ricardo Maria Louro