Aproveitar essa mulher que se perdeu
Esse gozo da palavra prometida
Que trazia as viagens sonhadas!
Inacabada... assim te vi debruçada
Escrevias com a fronte em consonância
Um sincero poema de falésias.
Como não amar esse folículo verde
De verdade prometida e esperada
Nunca esqueci jamais tal fronteira!
O interior de mim agora existe
Porque os teus bordos me guardam
Com massa pastosa consistente!
Amei-te daí para cá...
Mesmo que os meus poemas fossem prás moscas!
Não pude contar mais os dias nem fazer projetos
Porque a tua imagem não se desvanece!
Esquece-a! disse-me a voz plural da amizade
E eu achei que à toa ninguém deve falar!
Disseram que morreste na tua casa junto à Sé
Espraiada à tarde na varanda branca
Que a tua família de tempos a tempos restaura.
Choraram-se lágrimas muito sentidas
Debalde te disseram bonita e boa
E eu achei que à toa ninguém deve falar...