Sonetos : 

Distopia

 
Sopra no presente como águas de um rio
Um vento leve, uivando no instante cinzento.
Desafia o tempo deste céu aquém de brilho
Misturando a quimera ao real do evento.

Idéias se materializam no silêncio do vazio
Utopia distópica no interior deste momento
Desfaz a fantasia de um mundo em domínio
Rompendo o finito pela realidade deste intento

Conteúdo das formas por quadros em perfeição
Dilatam a visão à verdadeira face do que é real
Por cores que aos olhos brilham com definição

Evidenciam a diferença entre o concreto e a ilusão
Da existência refém à imagens de uma tela virtual
Ausente de cognição pela pobreza da interpretação


Murilo Celani Servo

 
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murilocs
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1862
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Enviado por Tópico
Manufernandes
Publicado: 31/08/2014 15:00  Atualizado: 31/08/2014 15:00
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Usuário desde: 09/12/2013
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3827
 Re: Distopia
Um soneto bem construído
e muito inteligente
é tudo o que posso comentar.
Terei de voltar mais tarde para reler
porque a ausência de conhecimento...
deixou-me deslocalizado para o
entender à primeira.
Abraço