Minha cabeça,
Não funciona no concreto
Meu mestre é filho Deus
Minha emoção
Não nasce do abstrato
Meu sangue não corre na veia do amigo
Meus fatos
Não se orientam pelos contratos
Minha crença não vem do meu mestre
Meus atos
São cenas, sem intervalos
Dos místicos cheiro o lúdico
Meus olhos
Traçam a minha estrada, meu destino
E dos olhos busco o que não se vê
Meu coração
Sigo no compasso dos livres
Dos poderes desprezo as ordens
José Veríssimo