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; esqueço a cor das romãs dentro de mim
como se nada trouxessem de novo
assemelham-se às muralhas da Terra plana
plenos nevoeiros das manhãs rendidas
à escuridão.
se procuro a rododáctila exuberante
que se esconde
que me faz bater as asas ininterruptamente nas direções a sul
pudesse eu só tocar a tua face num sonho simples
derramando-o como um néctar por esse rio acima.
sim
apenas levarei tua voz sussurro
pelo céu que assinala os limites das montanhas
e quiçá algumas chuvas suaves de outono
esperando que o dia se renda
os barulhos sosseguem
a silêncios teus.
I
Levarei a noite também
[a que o silêncio não enxuga]
e algumas palavras esquecidas.
Nota: a palavra rododáctila, criada por Homero, “embevecido com o belo amanhecer na Grécia, onde ele antropomorfiza Eo, a deusa da aurora, simbolizando-a na rosada mão aberta, fazendo desaparecer as trevas e trazendo o tom rosáceo, prenúncio da luz de um novo e lindo dia.”
(Vida da palavra – Nascimento vida e morte das palavras de Frei Hermínio Bezerra)
"Forfante de incha e de maninconia,
gualdido parafusa testaçudo.
Mas trefo e sengo nos vindima tudo
focinho rechaçando e galasia.
Anadiómena Afrodite? Não:"
("Afrodite? Não" Jorge de Sena)