Há algo relevante além de mim,
Fulcro perene do infinito?
Íntimo de si, somente de si, (em mim)
O ego afirma convicto:
- O despertar humano erigiu-te assim.
Predisposição insaciável ou rito
Acorrenta-me ao pelourinho do “eu”
Encarcerado no limbo do cotidiano conflito.
Iludo-me e acredito estar vivo
E vivo no espelho das memórias
Granjeando o fio condutor que já não fito
Quando o fim (do “eu”) irá libertar-me enfim
Desse perpétuo sêmen do viral congênito.
Linhito de sonhos e paixões,
Das fúteis convicções entalhadas em granito?
Há algo relevante vindo para mim
Decompondo-me, decrepitar finito!