Poemas : 

Na Calada Da Noite

 
As boninas bonitas pela relva
O arvoredo coando a luz solar
De longe o bafo bom do mar
Adentrando a pelúcia da selva.

O murmúrio suave do regato
Que vai movendo as pedrinhas
No céu um bando de andorinhas
Fazendo da tarde um espetáculo.

O sol queda no seu berço marinho
A brisa trazendo essências do mato
Uma mescla de hortelã e rosmaninho
Em pouco tempo o céu todo estrelado.

Detrás do monte sobe a lua cheia
As nuvens se vão em balés mansos
Os seres dos dias procuram descansos
As ondas vem beijar levemente a areia.

Entre as folhas secas o vento sibila
A várzea rejubila em gozo e em festa
Na noite os seres noturnos da floresta
Deixam vestígios na amarelada argila.

A lua, joia de prata que pouco se consome,
Pelo céu escuro desfila uma deusa rica.
Na noite os homens amam e fazem homens
Na placidez calma de uma luz néon que pisca.


Gyl Ferrys

 
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Gyl
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Enviado por Tópico
Manufernandes
Publicado: 27/08/2014 00:56  Atualizado: 27/08/2014 00:56
Colaborador
Usuário desde: 09/12/2013
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3827
 Re: Na Calada Da Noite
Quase sempre é um prazer ler
e ver como constroi.
Abraço
manu


Enviado por Tópico
MaryFioratti
Publicado: 27/08/2014 02:36  Atualizado: 27/08/2014 02:36
Membro de honra
Usuário desde: 09/02/2014
Localidade:
Mensagens: 2420
 Re: Na Calada Da Noite
Gyl querido!
Voce tem uma facilidade tao grande de escrever,
que fico a pensar como podem as palavras florecerem
assim na sua cabeca...
Muito bonito. Suas poesias mostram o cotidiano, e as
coisas simples, importantes e bonitas.

Adorei!

Beijos
*Mary*


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/08/2014 09:26  Atualizado: 27/08/2014 09:26
 Re: Na Calada Da Noite
Um poema requintado repleto de beleza Gyl entre rimas fantásticas também.
Você é "um must" a elaborar quadras.
bj


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/08/2014 10:41  Atualizado: 27/08/2014 10:41
 Re: Na Calada Da Noite
Da placides dos olhos vem se os ventos que batem nas folhas, seu jaco alhar como se fosse ondas que se descansa em silêncio observando seres do anoitecer que se murmuram no marinho das noites pelas relvas das madrugada, nos alvoredos das manhãs onde os descansos se procuram.

um encanto de poema