Minhas palavras se tornam afecções vocais,
Argumentos temáticos hoje são vírus
Que fazem de vogais e consoantes ruídos
Prolatados na fala e na escrita, expostos em murais.
Meu vernáculo afugenta torneios depreciativos,
É contundente antialérgico do pensamento nefasto,
Mas ainda me restam vales onde há pastos
Que saciam a fonte do saber com aperitivos.
Perante o instrumental que a linguagem concede
É necessário ser matriz e alimentar a sede
A fim de que o idioma combata o mal...
Doravante ser um texto assaz anti-inflamatório,
O mundo não reage por ser ainda ínfimo auditório
Para conceber a arte como realidade universal!