Ninguém viu.
Ninguém sabe para onde foi.
Little boy foi seu primeiro nome de guerra.
Enola gay foi o primeiro abutre
A incubar no ventre
O horrendo embrião.
Há dúvida quanto a sua
Utilidade, praticidade, humanidade...
Quem roubou a ogiva medonha?
Será o provedor de tristezas mil?
Sem dúvida não foi o poeta
De tristonha aparência,
A bomba não lhe cabe na alma.
Procurem à bomba
Mães da pra de Mayo!
Procurem à bomba
Capitães na Praça de Mayo!
Com quem se envolveu a bomba?
Estará em affair com algum terrorista?
Será a paixão do exorcista?
Quem sabe foi seqüestrada e estuprada pelo pacifista?
Os ciganos!
Quem sabe não esteja com os ciganos?
O que fariam festivos andarilhos, com ela?
Decorar suas tendas?
Explodir suas tradições?
Calar suas canções?
Não, não foram os ciganos.
O monge eremita!
Pode estar com ele!
Companhias melhores não lhe fizeram bem,
Não seria uma bomba...
A quem localizá-la,
Peço desativá-la
Ou usá-la,
Em sua mórbida energia
Para mover os brinquedos do mundo,
Para girar os moinhos do mundo,
Para iluminar os segredos do mundo.