E quando a manhã se apressa e se põe a corar
As águas que vão no rio têm o condão
De alargar margens que parecem chorar:
Como se se ouvisse ao longe o bater dum coração.
Ou é um bater de um coração ou de alguém
Um doce sorriso – que no céu se pôs a brilhar…
E já raia forte no ar o sol: que me trouxe d`além
Esta que inda hoje me estimula e me a faz amar.
Mas se julgas que falo do sol ou aquém de uma outra
Alguém pois digo-te que te enganas
Porque a ti própria… a ti própria… mal te amas.
Dime pois e sem receio algum: preciso falar d`outra
Aqui quando de ti mesma já te socorres
E no te socorrer quem foste hoje és feneces e morres?
Jorge Humberto
24/08/14