Era um mundo tão pequeno,
Tão pequeno,
Que cabia numa gota de sangue,
Que se ocultava todo numa fenda,
Que ninguém vê.
Era um mundo do tamanho
Do que não tem dimensão,
Do porte de tudo que vive sem paixão,
Daquilo que desaparece
Sem nunca ter existido.
Apesar dos limites,
Era um mundo tão agradável,
Mais tão agradável,
Que se podia sentar e pensar,
Escondido atrás de um grão de poeira,
Dentro de uma cor
Que cabe em qualquer lugar.
Era um mundo tão pequeno,
tão pequeno,
Que cabia todos nós.