Poemas : 

POETA DE BRINQUEDO

 
António Casado__________ 14 Dezembro 1990
Publicado__________ Clamor do Vento
Registado __________ Depósito legal 306321/10
Editora__________ WorldArtFriend
Trabalho__________


POETA DE BRINQUEDO
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Poeta sim, de lixeira ou esgoto,
Nada ganha, tudo perde e nada tem
Nascido de um aborto do desgosto
No dia que a dor fez do amor refém.

Poeta sim, arrastado na sarjeta
Escreve versos como um cão demente
Esgota-se com a tinta da caneta…
Senhor do desprezo de toda a gente!

Poeta sim, de riso e gargalhada
Habituado à dor, à crueldade
Faz versos de escárnio e navalhada
Com rimas de rímel, tinta à pedrada
P’ra cair nas graças da sociedade…

Esse poeta sou eu… é evidente.
Habituado ao estúpido viver
Espero como um fanático crente
Aquilo que sei não irá acontecer.

 
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acasado
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