Poderia ser o vento,
a bater em suas portas,
mas sou um nada dentro,
de paredes geladas,
me escondendo, me refugiando,
por uma fechadura,
destas paisagens do meu quarto,
neste silencio que eu falo,
não à vida, não à melancolia que dura.
Com isto sempre que aprendo,
que as palavras são comuns,
resguardadas dentro da realidade da tristeza,
tapando um facto que é a felicidade,
tão certo como um prato vazio,
em cima de uma mesa.
Hugo Dias 'Marduk'