Agosto ardente de 14 em que a Vida me traiu!
Um Amor que eu não tinha, nem queria,
de súbito, chegou, gelando-me de frio ...
Abandono, solidão, minh'Alma sofria!
Agosto ardente de 14 sem esperança ou ilusão!
Setembro, desespero-louco, sem tempero,
desconforto, lividez, aborto de um pobre Coração ...
Loucura, devaneio, ruptura e medo!
Em Agosto de 14 o Sol já não ardia,
a noite era o meu dia
e o dia anoitecia ...
Ai, esse triste Agosto de 14,
em que chegaste mansinho, tão doce,
mas que te levou e não trouxe!
Ricardo Louro
em Évora
Ricardo Maria Louro