REVIRAVOLTA
(Jairo Nunes Bezerra)
De ti o meu coração angustiado se aproxima,
Carente de teus carinhos...
Enquanto célere a chuva cai de cima,
Orvalhando oscilatoriamente o nosso ninho!
Isso sempre nas noites enegrecidas,
Em que mais vexatória figura a minha agonia...
Expondo de minha saudade a recidiva,
Da tumultuada paixão que me afligia!
O que fazer para controlar essa emoção?
Que alimenta a minha ilusão,
De ter-te para sempre em meus braços!
O meu corpo angustiado vibra com inépcia,
Que se amplia aos poucos provocando arritmia,
Reduzida temporariamente com teus afagos!