As minhas palavras seladas
Estão condenadas
A cair no esquecimento,
Os gestos inconscientes
São súplicas decadentes
Do agreste sentimento.
Recuso a minha inocência
Por um pouco de clemencia
Do teu julgamento banal
E, do amor cruel e frio
Subjugo-me ao martírio
Do penoso juízo final.
Descartei a minha vida
Pela terra prometida
Dos meus sóbrios sonhos,
Mas este amor inexorável
Torna-se indesejável
Nos teus olhos castanhos…
José Coimbra