De mim tão perto, Senhor, sinto-vos tão perto,
amparando-me no caminho, docemente,
na imensidão sem fim do meu deserto,
que vivo ainda, dia-a-dia, tristemente…
Percorri esse caminho, espinhoso e incerto,
cansado o caminhei, humildemente,
Senhor, que só de Ti me vem o que é correcto,
peço Luz e peço Vida, peço Paz p’ro meu Presente.
Senhor! Senhor! Minh’Alma só conhece
a Liberdade na “prisão” dos Vossos Braços!
Que em Tuas Mãos me entrego abandonado,
pois quem Te esquece nesta Vida,
terá seu corpo, sua Alma atingida,
como a tem um triste e pobre condenado!
Ricardo Louro
Sines
Ricardo Maria Louro