MURMURANDO...
Costumamos matar aquilo que amamos
Como déspotas finalizamos o martíiro
Entre corpo e alma há uma distânica
Absorvida pela razão no capricho da paixão
Nos inimigos moram geralmente a inteligênica
E cá nos amigos residem alta dose de caráter
Arquétipo que manipula tantas vis presenças
Atiradas em cárcere de solidão toda morredoura
Dum choro piedoso há o escancaramento fatal
Da alegria perdida em noite alucinada de vazio
Não desapareçam poetas aqui no recanto molhado
Das lágriams escassas de um simples perdão
Ninho de rouxinol sob asas de lindas borboletas
Fazem seu trabalho em arquibancadas de beleza
E a natureza padroniza a estátua da tal verdade
Num verso pobre desse onde chamam-me de poeta...
Luiza De Marillac Bessa Luna Michel — com M
Luiza De Marillac Bessa Luna Michel