Não gosto de “PERDÃO”...
Todas as vezes que na leitura de um texto encontro a palavra “perdão”, sempre dou uma paradinha estratégica, um tempo para pensar.
Já reparou que ela sempre aparece em contextos inter e intra-relacionais, envolvendo conflitos e amor? Como se para provar que o amor existe
se tenha que “perdoar”. Cria-se o vínculo perverso do devedor, a nobreza de quem “perdoa”.
Não preciso dele, senão para às vezes tentar
me fazer entender o pensar. É um vocábulo que raramente uso.
Tudo na vida precisa ter significado...
Reagimos e agimos, interagimos com situações,
paisagens, objetos, seres vivos e pessoas
que vamos numa ralação dialética significando.
Algumas palavras nos fazem expressar aquela “cara de paisagem”, outras são como marcas, signos ou símbolos,que a nós nada dizem. Assim é pra mim, nesta e em algumas outras palavras. Sei que causo choques e estranhamentos,até repulsa, quando as expresso.Muitas vezes, fujo do senso comum. Mas... pelo que leio... Se o amor
cobre a multidão de "pecados"
(outra palavra que raramente uso),
existe necessidade de "perdão"
quando se AMA?
Não perdôo, AMO e aceito a diversidade!
Juli Lima
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