Das janelas dos condomínios, ouvimos:
"Depois ligamos."Quem sabe, amanhã?"
Passam:bicicletas,ônibus,cães,
pessoas, árvores, automóveis.
Passa a poeira dos livros na tela dos computadores.
O amor e a vida entregam-se ao peso do tempo.
{Marcam os dedos os ponteiros dos relógios}
Fogem os olhos das ruas;as mãos espalham
as cinzas no vazio da cidade morta.
Poemas em ondas deslizam nas águas.