Depressão no vazio
Eu a ti me escravizo
em todos os possíveis momentos
na aurora de todas as manhãs
na imensidão de meus pensamentos.
Para ti teço nos céus tapetes de plumas
em nuvens negras nos ventos do outono
e perco-me cego pelo teu abandono
então me deito e morro em rios de espumas.
Não quero que chores, nem coisa alguma
tenhas vergonha do teu pranto
deves manter teu encanto por hora
tudo é tão rápido, a eternidade não demora.
A ti é vida que escraviza e perfuma
como pó que escorre entre dedos
que um dia foi tão sólido rochedo
e agora como tu, não é nada, é coisa nenhuma.
Alexandre Montalvan