SOBRE ROBIN WILLIAMS
Robin Na Ponte do Vale Tempestuoso
Nas pontes da amargura, quem passa, muitas vezes não tem cura.
E na depressão daquele instante,
Sem atinar no momento seguinte, pode deixar-se levar pelo mau pensamento.
Não julguemos nunca!
Para um espírito assim tão atribulado, só resta muita oração!
Na prece pela sua alma, pedir ao PAI, perdão.
Fez rir e chorar, uma capacidade que muitos não conseguem.
Admirava-o.
Em um de seus filmes, ele mesmo fora tentar resgatar sua esposa do umbral, pois havia se suicidado.
Reveses do destino!
Enquanto na ficção, compreendia o valor de uma vida e que ela não deveria ter sido retirada, na vida real, infelizmente não pensou sobre isso...
Não sabemos o que o levou a tão dramático fim.
Sabemos sim, que muitas vezes tudo começa quando não se tem com quem falar.
Dizer o que se sente.
Tentar desabafar...
Alguns procuram nas drogas e no álcool um alívio momentâneo.
E sem perceber, começam sua ruína.
Ali se encontra o início do fim.
Um suicídio lento que depois de certo tempo,
Desemboca qual rio no mar, intempestiva pororoca:
No instante final, dá-se o golpe mortal:
O suicídio.
Quem de nós irá julgar, uma alma entristecida de viver?
Que talvez não tenha encontrado apoio moral, para se levantar e sobreviver...
Que Deus em sua infinita misericórdia, o recupere do umbral, através de seus auxiliares amorosos.
Assim como ele mesmo fez, representando no filme*, o marido apaixonado.
Querendo novamente, ter a esposa ao seu lado.
Fátima Abreu
*FILME