não sei se os olhos confessam,
se a canção é linguagem,
se Deus cria-recria,
o verso-consentido
há lendas a se contar,
cimento-areia-parede,
papéis, confissões,
tijolos-alicerce...
conheço o teu bailado,
teus ruídos,
teus segredos,
a língua da tua rua...
o que me agrada
em tuas pedras
é a bruma do cio,
na tempera das manhãs...