Desalinhada, cai a folha amarela
prisioneira da gravidade
ciranda no vento
espremido no calor.
É fresco o dia
é um abanar em
sumo de ventania
presa no amarelo.
O Outono desperta na flor
inventada na embriaguez da jarra
cavada na sombra da janela
na mão convulsa e na doçura
da rotação da terra
sangrada pelos glóbulos
em abismos de carnificina encharcada
dentro de nos de rosário...onde deuses avessos
acordam raios e rosas
cegando os dedos nas têmporas.
Zita Viegas