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parce sepultis

 
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não tirem o vento às gaivotas - sampaio rego sou eu


também se faz luto em vida – mergulhado em chuva e papéis projeto o futuro – peso-me – é fundamental escrever o que não sei explicar. a margem de erro é uma glosa de compreensão – quem lê procura conhecimento ou prazer – não sou conhecimento e muito menos prazer. sou amargura. desgosto. maçada. tristeza. erro. nada mais de que erro – transcrevo para o papel uma adição antes de o ser. premonição – só assim poderei dar-me ao respeito. adivinhando-me – somo-me então a um resultado imprevisível numa balança aferida a olhos visionários. magoados também – ninguém pode garantir o incerto. sempre ouvi dizer que o futuro a deus pertence – se eu tivesse um deus a alma não temia. não gemia. não sofria – o contrapeso é a alma perdoada de todo o erro venial – onde há balança há peso – todos temos um peso não almejado. mortal – o descanso eterno acontece após a missa de sétimo dia – o peso é agora memória atravancada entre duas datas: aqui descansa [finamente] o pecaminoso sicrano. nascido a tantos do tanto de mil novecentos e tantos e faleceu a tantos do tanto de dois mil e tantos – que a sua alma descanse em paz


* parce sepultis – enterrado. perdoado

 
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sampaiorego
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 07/08/2014 21:15  Atualizado: 07/08/2014 22:03
 Re: parce sepultis
Errar é humano Sampaio, por isso ainda está para nascer o(a) "santo(a)".
Gostei imenso do seu tema e quis pensar assim.
bj


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 09/08/2014 19:41  Atualizado: 09/08/2014 19:41
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 Re: parce sepultis
que toda palavra (perdoada ou não, isso não importa
quando faz frio) sobreviva à paz... beijo meus, meu querido