Não sei quem me tortura! Minh'Alma
de tédios, ópios, ócios medonhos,
vive em agonia, desalento, sem calma!
Nela nada existe, metas, objectivos ou sonhos...
Eu queria ser pássaro que voa,
árvore destinada ou jardim abençoado,
alguém que nasce, vive a Vida, entoa,
encontrei o bem-amado!...
Alguns são os que amam o que não veem,
são poucos os que amam por amar,
quase todos se entregam ao que tem!
Eu não sei quem sou entre esta gente,
não tenho sequer alguém por quem chorar,
meu pobre coração que tanto sente ...
Ricardo Louro
em Monsaraz
Ricardo Maria Louro
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