A tarde a chuva alaga as ruas;
sangram açudes e poços, visita
os mares, a fúria do vento.
Calço sapatos sem laços.
Mãos delicadas amassam anéis,
descalçam a luva do tempo.
Rolam as pedras, ouço trovões;
bordo flores na brancura das rendas
e faço oferendas a deusa do sol.