Dane Rudhard escreveu um livro a que chamou, “A História ao Ritmo Cósmico” que, trata da Evolução da História da Humanidade através dos Ciclos dos Planetas Lentos, Úrano, Neptuno e Plutão. Escreveu, igualmente, “O Sol também é uma Estrela”. E ambos os livros falam do modo como a vibração dos Planetas Lentos e os seus Trânsitos cíclicos modelam a História da Humanidade.
Neles, Dane Rudhard ensina que, os Homens, tem, por acção Transitória destes Planetas, nos Signos onde passam, um apelo de transformação continua, imerso em ciclos que pedem evolução. Assim, além de nos influenciarem pessoalmente, os Planetas Lentos, influenciam a História, as Nações, os Povos e as Civilizações, transitando de Signo-em-Signo. Eles vêm trazer o Espirito à Terra, tendo como objectivo, desencadear um Eterno movimento de Transformação. Os Planetas Lentos são o chamamento ao Divino sobre a Terra!
Quando Úrano passa, dentro dos seus ciclos de 84 anos, a sua alta frequência destrói a cristalização das velhas estruturas saturninas. Traz movimento, criatividade, intuição, algo de novo ligado à qualidade do Signo que no momento está a transitar. Úrano é radical, rompe com o Passado.
Neptuno, quando passa, dentro dos seus ciclos de 164 anos, dissolve todas as expectativas. Desilude de todas as ilusões, destrói todas as barreiras. Ele apela ao absoluto. Absoluto Unitário e pleno que pode unificar todos os Seres, todas as Raças, todos os Povos, todas as Almas …
Plutão, ao passar, dentro dos seus ciclos de 250 anos, quando chega, sempre chega em máxima potência, levando tudo ao limite. Produz Morte e Renascimento, intensificando a violência para que os Homens a possam denunciar. Destrói o velho e regenera de modo a dar espaço ao novo.
Os Planetas Lentos actuam sempre de dois modos distintos. Primeiro, quando passam, numa dada época histórica, num dado Signo, sobre o inconsciente colectivo das Massas. Depois, mais tarde, quando as gerações que nasceram com esses Planetas, nesses determinados Signos, crescem e se tornam adultas. Essas pessoas irão projectar a vibração desses Planetas, com a energia dos Signos onde estavam quando nasceram, influenciando igualmente os outros e o Mundo.
Essas gerações recebem, através daqueles Signos, a poderosa força do chamamento desses Planetas, e, exteriorizá-los-ão de forma intensa na sua relação com o exterior. O que não acontece com as gerações anteriores, que, por sua vez, tiveram outro tipo de chamamento. Igualmente não acontecerá com as gerações seguintes, que, terão em si, outro tipo de apelo.
A transição dos Planetas Lentos nos Signos é o que está na origem da chamada incompreensão entre Pais e Filhos. A mudança e a diferença entre as gerações. Assim, os Planetas Lentos vão deixando o seu “cunho energético” impresso no Tema Natal das pessoas que nascem “naquele preciso momento”. Pessoas que daí por 30 ou 40 anos, quando intervirem socialmente, vão passar à sociedade e ao Mundo a energia desses Planetas com que nasceram. Isto é verdade para todos os Planetas do Sistema Solar de “cada um”, sobretudo, Úrano, Neptuno e Plutão que, são energias mais fortes, mais intensas e mais determinantes!
Os Planetas Lentos Conjuntos
Quando os Planetas Lentos se encontram conjuntos num dado Signo, aí, a sua influência é mais intensa e poderosa. Temos como exemplo a geração Úrano/Plutão conjuntos no Signo de Virgem entre 1963/1968.
Eles vêm radicalizar esta energia mental, propondo, pela conjunção, que essa geração active, pela Consciência, um novo ciclo de relação entre a mente e a liberdade. Essas pessoas são uma “bomba” mental! E numa primeira fase de Vida vão confundir liberdade (Úrano) com poder (Plutão) mental (Virgem). E vem, mais tarde, quando o poder das suas maturidades conscientes lhos permitirem, aprender que, a verdadeira Liberdade (Úrano) se encontra quando se abdica do poder (Plutão). Esta geração vem aprender a aceitar (Lua) a Vida como ela é sem querer mudar nada nem ninguém. É uma geração que vem aprender que só se pode mudar a si mesma, e que é mudando-se a si mesma que se pode levar os outros a mudar! A verdadeira segurança é interior, conquista-se e afirma-se de dentro para fora e nunca de fora para dentro. É aí que a mente se converte verdadeiramente ao Coração e se encontra a única liberdade possível que esta conjunção geracional veio propor.
Os Ciclos dos Planetas Lentos simbolizam afinal o “Chamamento do Céu”! A “Voz do Espirito” que nunca nos abandona! As pessoas afirmam constantemente, “é o meu lado Espiritual …” Mas não há lados Espirituais porque em tudo há Espirito! As trevas são apenas ausência de Luz. O não-espiritual é “sombra” do Espiritual. Estamos numa realidade dual onde sempre se dinamizam Espirito e Matéria. E não há como separa-los. O Espirito vibra na Matéria e a Matéria suporta o Espirito …
A “Alta-frequência” dos Planetas Lentos é uma das formas pelas quais o Espirito se manifesta, para que, a Intenção Divina e transformadora do Universo se possa cumprir.
A Santíssima Trindade
“Santo, Santo, Santo é o Sr. Deus do Universo …” afirma a Igreja Católica em cada Eucaristia. “Deus é o Grande Arquitecto do Universo!” Dizem os Maçons nas suas cerimónias. Mas se Deus criou o Universo por certo que o criou com um significado, com uma Intenção. Alguém lhe chamou o Corpo-de-Deus em movimento. Roda que roda em torno de um eixo, Sol, o eixo da roda. Coração do Sistema Solar. O “Olho-de-Deus”, como lhe chamam igualmente os Maçons, apresentando esse “Olho”, o Sol, no centro de um Triangulo, símbolo da Santíssima Trindade.
Maria Flávia de Monsaraz chamou um dia à Astrologia, a Escrita-de-Deus, afirmando que, Deus criou a Astronomia quando deu ordem para que o Universo físico se fizesse, mas que, ao cria-lo na matéria, o terá criado com uma Intenção oculta. Intenção que sempre é anterior a qualquer acção. A essa Intenção oculta, metafisica, Maria Flávia chamou, Astrologia. Logo, a Astrologia é anterior à Astronomia! A Astrologia surge como “Mãe” da Astronomia, por ser, a Intenção oculta de Deus para a criação do Universo físico e Astronómico. Afirma Maria Flávia de Monsaraz.
Ainda em conversa com Maria Flávia, questionávamo-nos: se Deus criou o Universo e se esse Universo manifesta, através do seu Movimento, a Intenção do seu Criador, onde podemos simbolicamente situar, nessas Frequências Planetárias, a Santíssima Trindade?! Onde a podemos identificar?! A resposta veio de imediato: Úrano, Neptuno e Plutão! Eles são os Mensageiros da Galáxia, estão para lá do Sistema Solar, não tem Energias “pessoais” como os restantes Planetas. Obrigam a dimensionar para lá de Saturno, para lá da Incarnação e da experiência sobre a Terra. Óbvio!
Como já foi dito, Úrano é o apelo de Liberdade, de individualidade. Liberta do Passado, chama para o Futuro, traz a Intuição de uma Nova Consciência. Úrano é o Fogo do Espirito. É electrico, rápido, eficaz, súbito, fecundo. Úrano identifica-se com o Espirito Santo, o Espirito de Deus que se manifesta na sua Criação.
Neptuno é o apelo de Universalidade, de identificação com os outros, com o colectivo. Quando se manifesta, dissolve, desilude, traz o descrédito dos antigos ideais. Desmitifica para que novos valores possam surgir. Agora já sem ilusões ou fantasias. Neptuno é o Amor Incondicional, a entrega, o Espirito de Sacrifício pelo bem comum. Neptuno é a manifestação do Filho de Deus que veio à Terra sacrificar-se para deixar impresso o caminho do Amor na Humanidade dissolvendo falsos ideais Espirituais. Jesus Cristo na sua Dimensão mais ampla e profunda …
Plutão é o Planeta da Morte e da Regeneração. O nosso potencial de transformação, de modificação. Ele é o Poder e a Vontade do 1º Raio que nos habita! O Poder e a Vontade de podermos ser quem viemos ser a este Mundo. Simboliza o nosso potencial de afirmação pessoal. Identifica-se com o “Poder-de-Deus” na criação deste imenso Projecto no qual estamos inseridos e tomamos parte como Cocriadores. Quando Regenerado, esse Poder, cria, ilumina, une, redime. Está ao serviço de uma Verdade mais ampla e profunda.
Quando ainda ligado ao Ego, longe da Alma, origina conflitos, separa, desune, obscurece. Serve ainda o poder das trevas que vêm dos desejos! Evoluir significa transcender violências que nascem do vazio interior que nos habita e atingir um grau de Consciência superior em que se vence o medo e se aceita “morrer”. E aceitar “morrer” é saber que a Morte não é o fim. Que a Morte é a outra Face da Vida! Que é apenas uma mutação energética, uma passagem interdimensional. Plutão identifica-se com o Poder-e-a-Vontade-de-Deus na Criação do Universo. “Faça-se!”, disse Deus, e tudo se Fez. Esse “Faça-se” é Plutão Regenerado no intimo do homem ao Serviço do Céu.
Úrano, Neptuno e Plutão, são realidades poderosas, energéticas, activas. São Arquétipos Vivos que interagem para nos conectar à Dimensão oculta da Vida. À Dimensão Metafisica que nos habita e que de nós é desconectada ao nascer. Assim, os Planetas Transpessoais integram simbolicamente a Energia Sagrada da Santíssima Trindade.
Pai - Plutão
Filho - Neptuno
Espirito Santo - Úrano
Eles são Realidades Vivas que actuam nos Planos Internos para repor a Ordem e actualizar o nosso Projecto de Evolução sobre a Terra. O “Retorno”, pela Consciência Espiritual de quem somos, e quem podemos Vir-a-Ser, ao Céu, à Casa do Pai …
Em Deus
Ricardo Louro
Ricardo Maria Louro