Meus sentimentos são póstumos
Vagando sem rumo na escuridão
Não anseia mais seus presumos
A catalepsia ronda este coração
Com batimentos agora letárgico
Aflui a seiva da vida sem motivo
Desapegado hoje é um ser laico
Alma vazia, está triste, semivivo
Quem me dera volver o passado
Inquirir ao destino do impossível
A restituição do amor imaculado
De tudo aquilo que era aprazível
Estar com ela, sentir seus beijos
Tocar seu corpo envolto em seda
Poder saciar os ardentes desejos
Malícias sem pudor em labareda
Destino insolente desviou o sonho
Encerrou no tempo nossa história
Recolheu ao céu em dia tristonho
Você que vive em minha memória!
Geremias
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