Lentamente encaixo a porca no parafuso...
As vias estão livres, uso a chave de fenda
E acocho diretrizes para que se compreenda
Que os planos cotidianos não dispensam o alicate
E em algumas partes faço uso da tesoura
Para nos detalhes os projetos terem vida duradoura.
Mas passarelas de solo batido usa-se a enxada
Para aparar-se a grama imprestável para o gado,
A foice abre passagem entre arbustos orvalhados
De cujas lágrimas lavo a alma dos desalmados...
O alpiste ao relento sacia a fome dos pássaros...
Nas mãos calejadas dos homens, marcas e o peso da pá
Que remove a sujeira e dá gosto novo ao paladar
Já tão cítrico com a faina incansável do martelo
Que, aqui e acolá, na cabeça dos pregos, remove farelos...