Poemas : 

[estrebucham as agonias que as marés velam]

 
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estrebucham as agonias que as marés velam
em gestos absurdos tentam adormecê-las.

Hibernam
promessas de imortalidades que as fossas do mar
encerram sobre um rosto meu
real espelhado

desdobrando-me nesse teu tom azul por arquipélagos
desconhecidos
e quando relembras da extinção em nós da memória e Tempo
mais duro e puro
penso-te como uma garça desejando o encurtar das margens
ao longo da costa iluminada que se quebra
aos poucos e poucos.


Simples o beijo que o olhar antecedeu
precedendo imagens de um navegar sem deriva e inútil

o caos termina em mim

enquanto me percorres indefeso.

Vazio o medo.


(Ricardo Pocinho)



"Floriram por engano as rosas bravas
No inverno:veio o vento desfolha las..."
(Camilo Pessanha)

http://ricardopocinho.blogspot.com/
ricardopocinho@hotmail.com

 
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Transversal
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/07/2014 16:41  Atualizado: 28/07/2014 16:41
 Re: [estrebucham as agonias que as marés velam]
traz o desconhecido o medo

da poesia
da teimosia
do a mar
das margens com largura
desmedido o comprimento

e sempre correndo
sempre em demanda
sabendo a direção
nunca o desfecho

hoje
Belo e Triste
des confiante

Obrigada
e guardo com Sorriso


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 28/07/2014 19:06  Atualizado: 28/07/2014 19:06
 Re: [estrebucham as agonias que as marés velam]
Um mar de agonias bem tecido sobre as malhas de um poema, entre lembranças em tons de céu, em tons de mar e formam-se ilhas no intrínseco que deseja, que sonha, que quer se encontrar:

"o caos termina em mim"

Delirante Ricardo entre o coração envolto num mar de sentimentos.
bj


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/07/2014 02:42  Atualizado: 29/07/2014 02:42
 Re: [estrebucham as agonias que as marés velam]
*
há vazios imensos entre os azuis que timbram meu nome. sopro uma prece solitária ao mar e ele, soberano, devolve-me um poema. há tantos receios como tantos são os sonhos entre os igarapés que percorro. dá-me tua mão. dá-me teu sorriso de maresia e lê na minha pupila o beijo que nunca reparti. tremo ante o absurdo da dor cantada entre os dedos das nossas ondas. em tom azul reina, do Amor, a harpa.
beijoka*


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/07/2014 16:46  Atualizado: 29/07/2014 16:46
 Re: [estrebucham as agonias que as marés velam]
Lindo, forte , significativo...

É sempre um prazer ler-te caro Poeta... um deleite , hoje uma comoção.


... " Simples o beijo que o olhar antecedeu
precedendo imagens de um navegar sem deriva e inútil

o caos termina em mim

enquanto me percorres indefeso.

Vazio o medo. "



Amei, meus parabéns!

Um abraço,

ALICE


Enviado por Tópico
VCruz
Publicado: 03/08/2014 17:31  Atualizado: 03/08/2014 17:31
Colaborador
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 Re: [estrebucham as agonias que as marés velam]
Sempre viajo nas tuas letras, de um [a]mar tão imenso que nunca alcanço por completo...levo, portanto...
Bjão
V.


Enviado por Tópico
TecaLima
Publicado: 23/03/2015 01:52  Atualizado: 23/03/2015 01:52
Da casa!
Usuário desde: 15/10/2013
Localidade: Campina Grande-PB
Mensagens: 251
 Re: [estrebucham as agonias que as marés velam]
"o caos termina em mim

enquanto me percorres indefeso.

Vazio o medo".

Fechou com maestria.