as horas tantas vestem-me de céu. não tenho o tempo dos mortais, vivo no relógio do sonho. sou noite tardia, numa tarde sem fim. não há auroras nos meus olhos partidos, não há horizontes nas minhas faces crestadas pelas dores das lágrimas, do cortar do imo. sou só poeira de mim mesma, nas brisas que sopram versos esquálidos, exauridos e pálidos. sou uma letra esquecida na areia, que o mar levou. K*