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Gazal das vidraças de uma alma pequenina

 
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"... Branda como carícia em meu rosto, caía a chuva fina,
sentia tão suaves as miúdas gotas da água cristalina....”

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- Gazal das vidraças de uma alma pequenina -





Branda como carícia em meu rosto, caía a chuva fina,
sentia tão suaves as miúdas gotas da água cristalina.

Numa noite sem fim, caia a água molhando a terra,
agora que chovia na noite e na existência cabotina.

Regando sonhos alvissareiros, impregnando esperanças,
doces lágrimas do céu trazendo leda recordação hialina.

Lembranças do álgido pranto que caía de meus olhos,
indóceis as lágrimas que cerravam a visão como cortina.

Com toda certeza, alguma vez tive os olhos marejados,
não foram raros momentos, não sou forte como imagina.

Seus olhos lindos jamais se importaram em consolar
minha alma que chorava encerrada na existência mofina

Pois tinha em si o condão de aplacar todo meu sofrimento,
fazer dos meus dias acabrunhados, a alegria única inquilina.

Desprezou meus sentimentos, negou-me até simples visão,
o rosto escondeu em véus, como se sumisse na neblina.

Tão lindo rosto de límpidos olhos, frontais vidraças azuis
porem, são as janelas transparentes de uma alma pequenina.


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" ...descrevo sem fazer desfeita,
meu sofrer e meus amores
não preciso de receita
muito menos prescritores."




 
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LuizMorais
 
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