Nossas maluquices são retratos da carência
Que o ego enfrenta nos declives da vida...
Nossa sintonia com o universo é falha
Porque a introversão bloqueia o sensitivo.
Há momentos em que desconhecemos o eu
Que existe e sobrevive solteiro em nós...
Quem nunca se perguntou: “Fui capaz disso?”
Quem nunca se inquiriu: “Será que consigo?”
A ausência de comunicação é tão intensa
Que os extremos “interior” e “exterior”
Parecem falar em idiomas tão distintos
Que o entendimento fica a mercê das hipóteses...
O mundo exige que sejamos deveras pragmáticos,
Não se encontra tempo para reflexões íntimas
E quando as horas nos doam alguns minutos
Simplesmente boicotamos os pensamentos...
Covardia? Absolutamente! É que navegamos
Pelas ondas do cansaço mental e a exaustão
É a plataforma que conduz a mente ao repouso
Para que tenhamos força para o dia seguinte...
O relaxamento é indispensável ao equilíbrio,
Todavia viver tornou-se aventura e coragem...
As técnicas do espreguiçamento são volúveis
E a concentração para o descanso é fantasia...
Uma boa música ou um filme interessante
Ajuda a combater o inconveniente estresse,
No entanto é necessário banir o cotidiano
Que nos apoquenta e faz vibrar preocupações...
Bom é quando se pode curtir inteira a natureza,
Tê-la perante o olhar durante horas seguidas
E mergulhar com consciência no âmago enfermo
E retirar de dentro de nós as ervas daninhas...
Um diálogo proveitoso com pessoas inteligentes
Igualmente coopera na restauração da anatomia
Que necessita de voltar a acreditar na existência
Para que o sonho de ser feliz se torne realidade!