Carregarei as aves noturnas
para as levar ao dia seguinte
nas manhãs em que acordar
era estender o sonho nas asas...
Embalarei no colo da alma
a raiz do orvalho
nos montes da aurora
esquecendo os pedaços perdidos...
Mistérios profundos
nos ocultos vultos
no sótão a memória
que vagueia sem autoridade...
Num caminho de identidade
onde procuro o dia seguinte
com as mãos a dedilharem
as cores dos voos soltos...
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...