Sofia e o tiro no olho do tigre (Parte 4 - final)

Já que foi falado em adubar, nunca é dispiciendo recordar sobre a eficiencia fosfatada do adubo orgânico. Se bem que, parafraseando Caminha, sabe-se que com Manah, adubando tudo dá.
Sobre Sofie e conservação de tigres,creio mesmo que à Sofia interessava mais um tigre morto que dois na caçapa do meio. Também não se preocupava com o destino cruel de milhões de focas, chinchilas ou linces. Muito menos com coelhos, já que soube que estes se reproduzem como ... coelhos mesmo. Fazia moucos os ouvidos e olhos para as condições degradantes e horrores utilizados para extração da pele, adorno para fútil vaidade alheia. Neste caso, dela mesma. Não deu maior importância quando soube que são necessários 125 arminhos para se fazer um casaco comprido. Ficou espantada ao saber que 100 chinchilas e 30 ratos almiscarados valiam a mesma coisa que 27 guaxinins e 17 texugos.
Não creio que nossa heroína estivesse preocupada com a extinção de algum nobre felino portador de aparelho de locomoção. Nem que cerrasse fileiras ou marche unida à organizações de defesa dos animais indefesos porém de pele valiosa. Amava a cinegética com ou sem sabujos de jaez. De berço nobre e aristocrático, educada em colégios suíços, não herdou dos antepassados vocação para exercer corretamente políticos hábitos hoje tão acerbados. Vibrante e galante como um vigilante rodoviário, saia-se excêntrica e extravagante tal um velhote Scrooge modernizado, mas deliciosa ao extremo. Diria mesmo que além de politicamente incorreta é geograficamente enviesada e economicamente arruinada já que matematicamente é nula sem a ajuda de Grimaldi no canhoto do talão e na fatura do cartão. Também fisicamente aquinhoada, mas isso não vem ao caso.

entendo

essa Sofia,hein? Talvez devas dizer umas verdades a ela, face-a-face