Dois universos azuis,
São seus olhos:
Tão límpidos e tão profundos,
Que, toda vez que viajo, com meus olhos,
Nos universos azuis dos seus olhos,
Perco a noção de espaço
E me esqueço do tempo!
Ora sinto medo de me perder para sempre
Nos universos azuis dos seus olhos
Ora sinto vontade de ficar perdido para sempre
Nos universos azuis dos seus olhos!
Mas, que digo? Se você nem me percebe,
Quando estou viajando
Nos universos azuis dos seus olhos!
Meus olhos são naves não autorizadas,
Fazem viagens às escondidas
Nos universos azuis dos seus olhos.
Qualquer dia desses, serei pego de surpresa
Viajando nos universos azuis dos seus olhos!
Então serei expulso, como invasor,
Dos universos azuis dos seus olhos
Ou, quem sabe, você me prenderia, para sempre,
Nos universos azuis dos seus olhos.
Manoel De almeida