No desfiladeiro,
já não olha
o horizonte
perdido.
Onde tudo está
distante,
somente o vazio
é encontrado.
No desfiladeiro,
da vida escorrida
areia forma duna,
na ampulheta
Onde a dor,
já em si basta,
o vale bem abaixo
pode ser o bálsamo.
No desfiladeiro,
curiosa águia
plaina,
à espreita.
Onde a quimera
transforma
tudo em nada,
na beira do precipício.
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 16-7-14.
Imagem: Grand Canyon.