Sonetos : 

PRESENCIANDO UM ASSASSINATO

 




Bebo um gole, de café, acendo um cigarro;
Ouço, ao longe, o que me parecem, vozes,
De gente; está frio e alguém tosse, catarro,
Porque, do cigarro, não moderou as doses.

De repente, como vindo do nada, um carro
Ali aporta; baixa as luzes presas a algozes;
Uma figura sai à rua e grita: ai, se o agarro!
Inda que, ao longe, vê-se, que tem posses.

Mis mãos gelam, no contacto com a janela;
Mas a curiosidade é maior e deixo-me ficar;
Quem sabe, no fim, o que ela, aí me revela.

Ouço um disparo, alguém cai, das sombras;
E, agora, que faço, no quarto, a questionar…
Arrufos de bandidos, matando alvas pombas.

Jorge Humberto
19/01/08







 
Autor
jorgehumberto
 
Texto
Data
Leituras
709
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.